Recanto:


"A única verdade é que vivo.
Sinceramente, eu vivo.
Quem sou?
Bem, isso já é demais...."

Clarice Lispector

"

Quando pratico o bem, sinto-me bem, quando pratico o mal, sinto-me mal. Eis a minha religião. Abraham Lincoln


" Há quem possua tesouros em ouro e prata.Os meus são de carne e ossos....Rafael e Guilherme...ambos com brilho e valores excepcionais. "Peta Andrade




terça-feira, 31 de maio de 2011

A arte de viver

   Guy de Maupassant, literato francês era um mestre do Conto. Perguntaram-lhe, um dia, o segredo para fabricar uma história, um Conto de valor. A resposta veio pronta:
-Deve ter um bom começo e um bom fim!

-Mas, e no meio? O que se coloca entre este início e final?

-No meio deve estar o artista – respondeu Maupassant.

Não apenas os astros do cinema ou da televisão, não apenas ao hábeis manejadores da pena ou do pincel, todos quantos podemos e devemos ser os artistas da nossa vida.

Uma das artes mais difíceis, sem dúvida, é a arte de viver. Arte que não se improvisa e que exige longo e árduo aprendizado. Morrem legiões, sem nunca terem aprendido seu a- bê- ce.

Essa vida, pela qual somos os responsáveis, não nos é dada feita, prontinha como um programa de televisão, que podemos apreciar, sem muito esforços pessoal, refestelados confortavelmente numa poltrona…

Cada qual constrói e molda sua vida, com ou sem arte, dissipando-a ou valorizando-a. podemos fazer dela uma obra-prima ou uma caricatura.


    Caricatura: imitação cômica e ridícula de uma pessoa ou coisa. Dissipar: esbanjar; não dar valor.

                                                                                              Roque Schneider

terça-feira, 24 de maio de 2011

Escolhas de uma vida


 
  A certa altura do filme Crimes e Pecados, o personagem interpretado por Woody Allen diz: "Nós somos a soma das nossas decisões".

Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta e de lá nunca mais saiu. Compartilho do ceticismo de Allen: a gente é o que a gente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso.


Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção,estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar "minha vida".


Não é tarefa fácil. No momento em que se escolhe ser médico, se está abrindo mão de ser piloto de avião. Ao optar pela vida de atriz, será quase impossível conciliar com a arquitetura. No amor, a mesma coisa: namora-se um, outro, e mais outro, num excitante vaivém de romances. Até que chega um momento em que é preciso decidir entre passar o resto da vida sem compromisso formal com alguém, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando se findam, ou casar, e através do casamento fundar uma microempresa, com direito a casa própria, orçamento doméstico e responsabilidades.


As duas opções têm seus prós e contras: viver sem laços e viver com laços...


Escolha: beber até cair ou virar vegetariano e budista? Todas as alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas.


Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses, ser casados de segunda a sexta e solteiros nos finais de semana, ter filhos quando se está bem-disposto e não tê-los quando se está cansado. Por isso é tão importante o auto conhecimento. Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos. Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o que a gente é. Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho: Ninguém é o mesmo para sempre.


Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar, e não para anular a vivência do caminho anteriormente percorrido. A estrada é longa e o tempo é curto.Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as conseqüências destas ações.


Lembrem-se: suas escolhas têm 50% de chance de darem certo, mas também 50% de chance de darem errado. A escolha é sua...!